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joão
oliveira
o coração é um pássaro noturno
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tudo que desaparece
monolitos são pedras solitárias
o coração é um pássaro noturno
sombra carbono-vegetal
pequenos divertimentos
aquela paisagem distante
aproximar-me dele?
o mais fundo está sempre na supérfície
último ato de orgulho I
último ato de orgulho II
último ato de orgulho III
último ato de orgulho IV
é na superfície que o real se trai
pequenos ritos secretos
das delícias
de ladraduras e dentes
coma meu coração sem pena
não durma depois de mim
você, você, você, você, você
os sentimentos vastos não tem nome
transmitir-se
meu sonho era não haver distância
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